quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Minha mamoplastia redutora pela Unimed - Parte 1


Parte I: até a perícia

Hoje vou começar a contar minha história que também é uma questão de peso. Para as meninas que têm o mesmo problema como eu “tinha”, só tenho um conselho a dar: corram atrás!

Desde quando menstruei pela primeira vez minhas mamas foram desenvolvendo junto. No meu caso, foi uma questão de genética, ou seja, herança da família do meu pai, ter seios grandes. Sempre sofri com isso. Nunca usava biquini, blusas de alcinha, para ter uma idéia, colocava maiô com sutiã por baixo, morria de vergonha de tirar a blusa na frente de alguém, fora a má postura, dor nas costas, furinho nos ombros e outros complexos que afetavam demais minha auto-estima. Como já fui magra e também gorda, sempre tive vontade de fazer a mamoplastia redutora.

Esse ano, após uma consulta com a ginecologista, ela me sugeriu tentar a plástica pelo plano de saúde, pois não seria estética, mas corretiva. Então, fui batalhar o cirurgião e uns “trocentos” médicos para alcançar meu objetivo. Minhas consultas foram decepcionantes, pois os cirurgiões comentavam que a Unimed nunca pagaria minha plástica porque o tamanho das mamas não influencia no problema da coluna. Doce engano! Quando estava quase desistindo e me convencendo que seria melhor pagar particular, fui a um último médico, quer dizer, o atual, e ele falou que minha cirurgia tinha que ser definitivamente pelo plano de saúde e que um perito tinha que me ver.

A primeira vez que fui solicitar uma perícia, o atendente me descartou de cara, falou que esse procedimento não constava no Rol da ANS. Fiquei indignada, mas não desisti. Na segunda vez, tentei pelo call center marcar a perícia. Falei com a atendente sobre um outro assunto e no final comentei que gostaria de fazer uma perícia para o caso de hipertrofia mamária mesmo sabendo que esse procedimento não seria autorizado. Ela falou: vamos tentar, então? Foi muito contraditório, porque a atendente era gente boa, mas e a questão do tratamento igual?

Após uns três dias, o departamento de autorizações da Unimed entrou em contato comigo para marcar a perícia. Eu sem saber o que levar, perguntei: o que é preciso? – Somente o laudo do ortopedista. A falta de informação foi tanta que não tinha nada preparado. Pedi um tempo para correr atrás e marcar a bendita perícia. Como foi muito corrido, eu fui ao Hospital Arapiara consultar com um ortopedista para fazer meu laudo, o que também foi muito decepcionante. Ele já chegou falando que nunca nenhum laudo dele foi aprovado pela Unimed, que eu deveria fazer a cirurgia, mas quando emagrecesse. Ele até fez o laudo pra mim, mas alegando somente problemas posturais. Falou que meu desvio na coluna era normal. Falando nisso, tenho que contar o milagre pra ele, que afinal nem foi mérito dele, mas pra ele não continuar desanimando outras candidatas à cirurgia!

No dia da perícia eu já nem tinha mais esperança alguma, quer dizer, estava esperando a negativa. Até que fui examinada primeiro pelo cirurgião plástico. Ele tirou minhas medidas, falou que minha mama direita era maior, que toda mulher tem isso, e que eu deveria aguardar pelo ortopedista. Foi tão rápido que já tinha certeza do não. Quando o ortopedista chegou na sala começou a conversar comigo e pediu que eu lhe contasse todos os meus problemas. Aí eu não esperei: desabafei tudo, botei pra fora, até chorei, tudo o que eu não tinha feito numa sessão de terapia, fiz na bendita perícia. Até falar que chegava à noite eu tinha vontade de tirar os peitos pra fora e jogar longe de tanto peso, eu falei.

Ele me acalmou e começou a me examinar. Só de me olhar, ele já viu a escoliose, pois um dos sinais é um ombro mais baixo do que o outro. Nem tive que tirar a blusa, ele já tinha se decidido. Primeiro, ele conversou comigo que eu teria que emagrecer, mesmo sendo depois da cirurgia. Depois ele falou que tinha que conversar com o cirurgião plástico, pois ele não entendia nada de plástica e me daria a resposta.

Fiquei aguardando, quando a atendente me chamou, me deu a guia e comentou: Parabéns, essa é sua senha de autorização e você tem 30 dias para operar!

Não segurei as lágrimas, meu sonho estava prestes a se realizar!
Ps: vou contar em partes pq senão o texto fica muito longo!

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Ciúmes: tem coisa mais chata?

"O ciúme é aquela dor que dá quando percebemos que a pessoa amada pode ser feliz sem a gente". Assim definiu Rubem Alves esse sentimento que faz sofrer demais tanto quem tem quanto quem é o alvo.

Não tem coisa mais chata e desagradável que uma pessoa ter ciúmes de você. Quando a pessoa é ciumenta então, é muito difícil conviver com ela. Não sou ciumenta, nunca fui. Acho até que sou meio desligada. Claro que já senti ciúmes, mas aquele normal que não estraga um relacionamento. Afinal, quem ama sente ciúmes?

A pessoa ciumenta deve sofrer muito. Falo isso, porque além do namorado ou marido, ela tem ciúmes dos amigos, dos filhos, da mãe, do pai, dos irmãos, ou seja, de todos que a rodeiam. Deve ser doença mesmo. As vezes, leva até a morte!

Penso que tudo que se aperta demais, escorre pelos dedos. Ninguém está preso e é dono de ninguém, as pessoas são livres para estar com quem quiserem, ser amigo de quem quiser.

Portanto, ô ciumento, bota a mão na consciência e pára de querer prender quem é livre, de choramingar por amor, de ser inseguro. Ninguém suporta isso!

Ps: isso não é uma indireta, só se a carapuça servir! hehehehehe

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Valor à vida


Já escrevi aqui sobre o quanto amo a vida e você também já deve estar cansado de ler sobre isso. Sem querer ser redundante, mas sinto que preciso comentar o fato. Na verdade, estou passando por uma experiência que me faz ter certeza que a vida é o nosso maior bem. Todos os dias tenho contato com pessoas que passaram perto da morte e outras que estão tentando recuperar a saúde. Isso tem me feito refletir todas as horas o quanto é necessário agradecer a Deus por cada instante, cada momento.

Estou fazendo um tratamento para contribuir para a cicatrização de minha cirurgia e na clínica conheci várias pessoas que são um verdadeiro exemplo de vontade de viver e se curar. O meu caso é simples perante todos os que estão lá. Posso citar inúmeros, mas os que me chamam atenção são aqueles que não tinham esperança e hoje estão simplesmente vivos.

Tem um paciente, rapaz novo, que sofreu um acidente de caminhão na estrada, ficou preso nas ferragens e ele conta que naquele momento em que ele via a morte, as pessoas presentes só pensavam em roubar a carga do caminhão. Ele sofreu seis paradas cardíacas, hemorragia interna, fraturou todo o corpo e imagino que já deve ter passado por várias cirurgias. Ele disse que sua pressão sangüínea chegou a ficar 30/20 mmHg. Não precisa nem comentar o fato, não é mesmo? Foi milagre! Hoje ele tem algumas tatuagens em agradecimento a Deus. Achei interessante. A que mais me chamou atenção é a do braço esquerdo de fora a fora escrito: Obrigado Senhor!

O outro estava contando que além de sua doença genética nos ossos, ele ficou tetraplégico num acidente no mar. Ele estava pegando onda no RJ e de repente levou um capote (como ele mesmo disse) o que resultou na perda dos movimentos. Hoje ele se recuperou, mas se tornou cadeirante. Detalhe: ele está internado faz dois anos e ainda têm mais seis meses de tratamento pela frente. Pergunta se ele reclama... É o maior contador de piadas!

Fora aqueles pacientes idosos que o pé diabético não cicatriza, os que foram amputados, as que sofreram acidente de moto e tiveram membros esmagados, o que perdeu a mão quando 13 toneladas caíram nela num acidente de trabalho. Então, você já imagina a minha experiência e sabe a razão pela qual estou escrevendo isso.

Tem o caso de uma senhora também, que antes ela só ficava deitada na maca, super desanimada. Ela começou a melhorar quando o marido foi visitá-la, aí ficou até mais conversadinha! rsrs Mas, depois ela me contou que está há 1 mês e meio no hospital e não tem filhos legítimos, isto é, casou com o atual quando ele já tinha 13 filhos. Ela diz que os que eram pequenos na época, ela criou e eles têm muito carinho por ela, mas os que eram adolescentes nem ligam pra ela hoje. Puxa! Fiquei super triste em saber disso! Mas ela está melhorando, graças a Deus!

Sabe, pode até parecer engraçado para quem gosta de humor negro ou trágico demais para alguns, mas é real! Não sei se vou conseguir expressar nesse texto como tenho me sentido ultimamente. Só tenho pensado muito. Minha prioridade daqui pra frente será a saúde, além de claro servir a Deus com todas as minhas forças, demonstrar o quanto amo minha família, meus amigos e procurar ser útil a todas as pessoas que precisarem de mim. Não importa se eu esteja ocupada demais com o trabalho, com a casa, sei lá, mas sempre vou ter tempo para quem precisar, nem que seja para dar um telefonema...

Nos momentos difíceis, você aprende muito mais, conhece quem verdadeiramente é seu amigo e lhe quer bem. Tiro uma grande lição disso tudo: o valor à vida!

sábado, 8 de novembro de 2008

Período de Recuperação

Estou tirando esses dias para me recuperar de uma cirurgia de grande porte. Estou quietinha no meu canto, descansando, pensando e contando com o apoio e carinho dos meus familiares e amigos.
É muito bom passar por tudo isso e sempre saber que Deus está comigo. A minha vitória foi encarar meu medo e continuar firme até o final.

Enquanto isso, pedi a Cristo para me pegar no colo e me dar o Teu consolo e a Tua paz para que eu tenha uma boa recuperação.

Nesse momento em que tenho que ficar mais tranqüila aproveito para pensar na minha vida, conversar com Deus sobre suas maravilhas, reavaliar minhas atitudes e traçar novos planos para o futuro. De tudo que vivo tento extrair alguma lição, e confesso que essa é a da paciência e confiança!
Puxa, nunca pensei que é super importante desacelerar o ritmo da vida e parar para pensar que podemos ter qualquer problema, mas se não tivermos saúde não somos nada! A saúde é sempre em primeiro lugar, viu!!! Não que eu esteja com problema de saúde, pelo contrário, mas só alerto a todos que acham que são de ferro ; - )

Agradeço a todos que oraram por mim, lembraram e deram forças nesse momento. Nunca esquecerei!

Quando estiver totalmente recuperada estarei muito feliz, porque por enquanto estou é aliviada!!! rsrsrs

Agosto Dourado: você conseguiu amamentar?

  A campanha “Agosto Dourado” veio para promover o aleitamento materno e conscientizar sobre sua importância para a mãe e o bebê. Até os sei...