segunda-feira, 31 de maio de 2010

Papo de Mulher: o padrão inalcançável


Se você é uma mulher que está super satisfeita com seu corpo levante as mãos para o céu e ajoelhe-se, você foi agraciada e é uma exceção. Chega até ser engraçado o quanto as mulheres ficam neuróticas com certas partes do corpo que na sua própria opinião estão cheias de defeitos, mas para as outras pessoas são imperceptíveis. Nós, mulheres, nos subtemos a tantos tipos de sofrimento para tentar chegar ao alto padrão de beleza e ficar feliz por somente alguns instantes, que já não ligamos mais ao sentir dor, ao não comer um chocolate, ao evitar de sair para um happy hour com os amigos e por aí vai.

É tanta loucura essa questão de peso, celulite, gordura localizada, flacidez, manchas, que acabamos buscando algo inalcançável. Outro dia, estava numa sessão dolorida de carboxiterapia e chega uma loira com um corpão, apesar de já ter sido mãe, para fazer carboxi logo após minha sessão. Minha esteticista convidou-a para entrar, enquanto eu sofria sozinha, e batermos papo. Ela arranca a blusa e começa a falar: - Amigas, eu engordei tanto, olha o tamanho da minha barriga! Eu olhei para a enorme barriga e pensei: - qualquer menininha morreria de inveja. Respondi: - Amiga, sua barriga é tão grande que você nem reparou no tamanho da minha. Ela sorriu amarelo e começou a dar desculpas e tentou me consolar falando que eu iria ficar enxuta. Essa nem é minha intenção.

Uma outra amiga também me mandou um email dia desses perguntando o telefone do meu cirurgião plástico alegando morrer de vontade de fazer uma lipo, e ainda acrescentou no texto: não ri de mim Vavá, mas minha barriga me incomoda muito. Eu pensei: - quem me dera!!! Respondi numa boa que apoiava a lipo, caso ela estivesse muito insatisfeita com seu corpo, mas insatisfeita na medida em que atrapalhasse sua vida, tipo deixar de usar um biquini, ter baixa alto-estima, ter vergonha do marido, essas coisas. Se não for assim, acho neurose misturada com um pouco de preguiça. Ter barriga chapada é coisa de mulher de revista ou de quem malha muito, afinal, você é normal querida!!!

Outro dia também foi engraçadíssimo, estava na minha corrida matinal na Lagoa da Pampulha, tranquilamente, e, de repente, uma mulher passou ao meu lado e comentou com a outra: - Olha lá, está vendo, ela consegue correr. Não acreditei ao escutar isso, fiquei imaginando qual era o meu problema, será que eu não tinha as duas pernas? Ou será porque estou acima do peso? Depois, fiquei foi rindo, se elas vissem meus exames de sangue não iriam acreditar nos meus níveis de HDL, o bom colesterol.

Tem um papo também frequentemente discutido pelas mulheres acima dos 40: quando eu casei pesava 50kg, tinha um corpão. Gente, que mulher não envelhece? Eu tenho birra desse assunto. Na medida em que você vai ficando mais velha, seu metabolismo vai junto, ficando mais lento. Você vai ter filhos, vai ter jornada tripla e consequentemente seu corpo sentirá o desgaste. A mulher que envelhece e fica durinha ou é genética ou é rica, convenhamos. É natural engordar um pouco e o tchauzinho ficar flácido. Deixa de besteira! Quando ela fala que tinha um corpão, eu tenho certeza que ela não era satisfeita na época e agora dá valor no corpinho dos 20 anos. Nem venha reclamar isso comigo, já vou logo cortando. Quem vive de passado, envelhece.

Ah mas tem um detalhe que me incomoda mais ainda: a tal da ração humana para emagrecer. Vê se existe nome mais antipático do que esse? Antes, era mistura in natura, diet shake, vitamina, etc. Agora, não me sujeito a tomar ou comer ração de maneira alguma. Nem me pagando!!! Aff.. comer ração, estou fora!

Bom, se ficarmos insatisfeitas com nosso corpo constantemente, o padrão de beleza sempre vai subir e os tratamentos estéticos vão sempre inflacionando e encarecendo, pois a procura será sempre enorme. Então, eu penso que sim, posso até ficar insatisfeita com meu corpo, mas eu vou me amar primeiro. Vou ter consciência do que é normal, do que consigo alcançar. Assim, sofrerei menos e me aceitarei mais, nisso encontro a minha beleza!

quinta-feira, 13 de maio de 2010

A Questão da Recompensa

Quando criança ficava esperando minha mãe chegar do serviço ansiosamente. Primeiro, pela expectativa de ver a pessoa mais importante da minha vida, que trabalhava fora o dia inteiro, e, segundo, pela recompensa que ela sempre trazia para me agradar, justificando sua ausência. Essa recompensa geralmente era um doce, um chocolate, tortinhas, salgadinhos e outras delícias. Desde então, sem querer, pelo menos inconscientemente, minha mãe me deixou mal acostumada a sempre desejar alguma recompensa para suprir a falta ou os sentimentos ruins.

O costume foi introjetado na minha vida e hoje eu lido com ele como uma válvula de escape para a frustração. Para ser mais direta, eu sempre quero comer algo gostoso, extremamente calórico, para me recompensar pela situação que me estressou, me deixou preocupada, triste e, até mesmo, feliz, ou seja, para tudo eu encontro motivo para comer compulsivamente.

Isso nunca foi segredo para mim mesma, não descobri com a terapia, mas tento tratar na terapia. É muito difícil você abolir um costume de uma vida inteira e é muito fácil você exagerar e perder o limite para se recompensar. Todos temos uma válvula de escape. Seja para a comida, para o jogo, bebida, drogas, esportes, ansiedades, tudo que nos supre momentaneamente e acaba nos trazendo prejuízos físicos e mentais. Tenho tentado aprender a lidar com essa questão e a me recompensar de outra maneira, pois ao mesmo tempo que satisfaço um prazer primário, prejudico meu próprio corpo e consequentemente a mente. Como diz a frase “corpo são, mente sã”.

Ainda não descobri como, mas eu chego lá. Agora, quando quero me recompensar eu escrevo, leio, compro um livro (barato), vou caminhar ou fazer um passeio agradável, vou sair com as amigas. Na verdade, o que eu queria era parar de ter essa necessidade de recompensas e não tenho a fórmula. Mais uma vez estou investindo em mim e continuo firme. Cheia de altos e baixos na balança, porém com a consciência cada dia mais leve.

domingo, 2 de maio de 2010

Voltando ao blog com texto para reflexão


Gente, abandonei o blog por dois meses, mas foi só o blog!!! Na verdade, minha vida passou por muitas mudanças e tive uma fase de adaptação. Tive algumas bençãos, graças a Deus, foi meu aniversário mês passado e comemorei em paz, com minha família e meus amigos.

Teve o casamento da Lu e do Cris em que peguei o buquê e acho que é um sinal! kkkkkkkk

Andei ansiosa e comi um pouco a mais, mas não adquiri prejuízos na balança, só não emagreci.


Volto ao blog, porém, para falar que estou para atravessar mais um deserto na minha vida. Estou com um caso de doença grave na família, que nos pegou de surpresa. Como Deus sempre esteve ao meu lado, estou muito forte e confiante, nada vai me abalar agora!

Neste contexto, quero compartilhar com vocês um texto que escrevi em parceria com o Vitor. As ideias são dele e eu só coloquei no papel, dando meu toque. É sobre o deserto na vida do cristão, espero que vocês se sintam tocados ao ler.


Deus não se cala no deserto

O deserto é um cenário marcante na história do povo de Deus. Ao sair do cativeiro no Egito, os israelitas, liderados por Moisés, vagaram durante 40 anos em busca da terra prometida. Eles poderiam ter percorrido o trajeto, mesmo a pé, em alguns dias. Se considerarmos o exemplo dos israelitas, percebemos que eles se sentiam perdidos, pois ficavam amargurados com a demora e dificuldades, alguns até cogitavam em voltar para a terra da escravidão, embora estivessem sendo guiados por Deus. Diante desse fato, sempre tentamos entender quais motivos teria o Senhor (mesmo sendo uma ousadia nossa) para permitir que seu povo ficasse tanto tempo à espera da promessa.

Mesmo diante de todo o clamor e murmuração daquele povo, Deus nunca desamparou seus escolhidos. Quando de dia o sol era escaldante, uma nuvem oferecia sombra, quando à noite o frio era intenso, uma coluna de fogo iluminava e aquecia, quando havia fome, desciam codornizes e o maná do céu. Dessa forma, Ele cuidava de seu povo.

A murmuração dos israelitas começou logo após a travessia do mar vermelho, pois estavam com sede e o único lugar que havia água, era um tipo de oásis, chamado Mara, de águas amargas. O povo reclamou, Moisés intercedeu perante o Criador, e as águas se tornaram doces. O mais interessante neste episódio é o fato de, recentemente, um documentário produzido pelo Discovery Chanel apontar que, na verdade, as águas de Mara eram também medicinais, pois curavam algumas verminoses contraídas pelos hebreus ao tomar a água barrenta do Nilo. Mais uma vez é a demonstração de Deus tratando de seus filhos.

Enquanto o povo murmurava, não percebia o quanto Deus agia e tratava de suas mazelas e de suas necessidades físicas. O deserto está tão presente na vida de cada cristão, sendo maior exemplo o de Jesus. Depois de ser batizado, ele foi conduzido ao deserto, pelo Espírito, e lá foi tentado durante 40 dias por satanás. Deus permitiu a tentação do Filho do Homem. A Bíblia diz que Deus não tenta ninguém, mas permite acontecer. Na oração do Pai Nosso, Cristo nos ensina a rogarmos para não cairmos em tentação.

Embora na vida espiritual do crente o deserto seja um período muito difícil, ele deve ser encarado como uma experiência positiva no relacionamento com Deus. Quando atravessamos o deserto, seja por motivos de luto, de doença na família, de desemprego, de dificuldades financeiras, de depressão, de injustiça, de desânimo e de tantos outros, parece que Deus está calado diante dos nossos sofrimentos. Não sabemos o tempo de duração, nossa ansiedade intrínseca à característica humana quer ver tudo acabado, tudo resolvido. Algumas vezes, temos vontade de desistir e murmuramos igual ao povo de Israel. Nesse momento, em que a solidão de cada um bate à porta, com certeza Ele está nos curando, nos fortalecendo e nos tornando íntimos da Sua presença. Basta ter fé e entender que, após todas as passagens pelos desertos da vida, as dificuldades não irão acabar, mas com certeza estaremos mais fortes para enfrentá-las, porque assim é a vontade de Deus. Enfim, o deserto é um momento de tratamento espiritual e maior intimidade com o Criador.

Agosto Dourado: você conseguiu amamentar?

  A campanha “Agosto Dourado” veio para promover o aleitamento materno e conscientizar sobre sua importância para a mãe e o bebê. Até os sei...