segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Não foi apenas uma notícia de jornal

Saudades eternas : minha vó e Telma (do meu lado)

As mortes também acontecem nas rodovias estaduais, mas a Polícia Rodoviária Estadual (PRE) não divulgou balanço parcial. Por volta das 11 horas de ontem, no KM 55 da MG-10, em Jaboticatubas, Telma Maria Trotta, 48 anos, e sua mãe, Valdemira Trotta, 76, morreram na colisão do Fiat Palio placa HJU-5477, de BH, com um eucalipto à beira da estrada. Telma era deficiente física e dirigia o veículo adaptado. Ela e a mãe iam para o sítio da família, quando aconteceu o acidente, em uma curva. Testemunhas disseram que chovia muito na hora da batida.

Jornal Hoje em Dia

Todos os anos a gente lê nos jornais sobre acidentes e tragédias nos feriados prolongados. Em 2008, no dia 27 de dezembro, o nome da minha família foi parar lá. Uma tragédia de carro levou minha vovó Demira e minha madrinha Telma para junto de Deus. Foi um susto, um trauma grande que bate na minha mente esses dias de luto. Não existem palavras para descrever o quanto sofremos. Ao sentir o que a morte faz conosco, até o nosso Senhor Jesus Cristo chorou quando viu seu amigo Lázaro morto. Acredito que Ele sentiu na pele como ela mexe com a gente.

Neste momento, só queria agradecer a todos que me abraçaram, me ligaram, choraram comigo. Foi muito bom saber que existem pessoas tão queridas na minha vida. De coração, muito obrigada!
Os dias são duros, mas vamos ficando anestesiados e ao mesmo tempo exautos de enfrentar isso tudo. Creio que vai passar porque Deus nos conforta, nos dá fé e esperança na ressurreição, e vai ficar aquela saudade gostosa ao invés das lembranças doídas.

No dia do enterro, a irmã da minha avó veio me perguntar se eu, como jornalista, gostaria de falar algumas palavras para as duas. Eu disse a ela: - tudo que eu tinha para falar, já falei com elas em vida.

E falei mesmo. Deus me deu essa oportunidade. Falei para a Telma que tinha muito orgulho dela, pois sua deficiência nunca a impediu de nada. Ela tinha tudo. Passei uma noite no hospital com minha vó e pude cuidar dela, sem pregar o olho. Falei que eu cuidaria dos meus velhinhos, que era ela, minha vó Silvéria e meu vô Miguel. Ela riu e falou que não era velha! Pude me despedir, graças a Deus!

Vou escrever e fazer minha homenagem para as duas depois. Ainda é muito recente e a ferida é grande para tocar em detalhes.
Depois também continuo a história da mamoplastia, estou sem vontade agora.

4 comentários:

Iana Coimbra disse...

Vá,

Não fomos feitos para lidar com a morte, não é mesmo? Por isso te falo: chore mesmo. A saudade nunca passa, mas a dor uma hora se vai e dá lugar a boas lembranças. Sei que sua memória está cheia delas.

Que bom que pude ir chorar com você. Afinal, agora é hora de cuidar de quem ficou...

Que Deus dê graça a você e sua família.

Beijos.

Anônimo disse...

Oi Amada,

Fiquei muito triste pela sua perda. Realmente a saudade e eterna, nunca passa, mas a dor vai passar. Que o Senhor te fortaleça e a toda sua família.
Sinto muito

Beijos
Nádia

Anônimo disse...

Vá!
Eu lamento muito por você e todos da sua família. A perda já é difícil, ainda mais nestas circunstâncias.

Tenho orado por vocês e peço ao Senhor que passe o bálsamo Dele no seu coração. Com certeza, a dor vai passar. A saudade fica e a marca que estas pessoas deixaram no nosso coração não se apagam nunca.

Sua tia realmente era uma guerreira, meu pai sempre falava dela.
Bjs e conte comigo. Se precisar de alguém para conversar já sabe!

Bjs!

Anônimo disse...

Dói demais...Mas estamos juntos em tudo isso, agora mais que nunca.Deus é a nossa força, o nosso "Porto Seguro": somente Ele para nos fazer aceitar e transformar esta dor em saudade, em amor que vivemos e que permanecerá sempre. Temos que agradecê-Lo por nos ter dado a oportunidade de conviver e "viver" com elas: os bons momentos e também aqueles que não foram tão bons, mas que vieram e nos mostraram algo-mais; agradecê-Lo proque nos fez unidos para suportar tudo isso: sei que cada um é a força do outro; agradecê-LO porque estamos aqui, vivos,e as mantemos vivas em nossos corações.

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