domingo, 30 de janeiro de 2011

Sobre o sofrimento...



Quando o sofrimento bater à sua porta é melhor deixar ele entrar!
Uma das maneiras de minha avó Silvéria cuidar de mim é sempre me presentear com uma boa leitura. Livros ou artigos relacionados a Deus e à vida cristã, afinal, ela é catequista. Como prefiro ler um livro a ver televisão, estou sempre me inteirando sobre um pouco de tudo. O último que ela me emprestou foi o do Padre Fábio de Melo, Quando o sofrimento bater à sua porta. Já li alguns livros do padre, por indicação da minha avó mesmo. Não tenho qualquer problema desde que o livro me prenda até o final. Este foi assim. Quanta sensibilidade tem o autor ao falar sobre o sofrimento! Recomendo aos cristãos.

Embora, eu só tenha passado mesmo por um grande sofrimento, quando minha avó e minha tia morreram num acidente de carro, me identifiquei muito com as histórias dos personagens do livro. Cada pessoa lida com o sofrimento de uma maneira. Algumas são mais fortes, outras mais frágeis. Algumas culpam a Deus, outras buscam a Ele. O fato é que todos sofremos ou vamos sofrer algum dia, principalmente, quando o sofrimento está ligado a perda de um ente querido.

O que mais me chamou atenção no livro, foi a forma de como Fábio de Melo aborda a maneira que o sofrimento chega a nossas vidas, justamente porque permitimos ou colaboramos para ele. Explicando em poucas palavras, ele afirma que muitas pessoas estão deixando de lado sua vida com Deus, ou mesmo, perdendo a fé, porque responsabilizam Deus pelo sofrimento ocasionado. Ele exemplifica com a tragédia da perda de sua própria irmã, num acidente de ônibus em que ela foi a única vítima, porque algum passageiro não obedeceu a regra e levou uma espécie de barra de ferro mais pesada no bagageiro, cujo o limite máximo era de 5 kg. Ele relata que no momento do velório, as pessoas a fim de confortar sua mãe pela perda da filha, falavam: - Deus quis assim. De maneira sensível, ele fica completamente transtornado com tal afirmação, alegando Deus ser amor, um pai completamente amoroso, por isso, como Deus iria querer um acidente fatal para sua irmã? O sofrimento ocasionado foi devido a uma atitude inconseqüentemente humana. Por desobedecer a uma regra. Se o passageiro não tivesse levado a barra de ferro, sua irmã não teria morrido. Não é incrível e completamente racional sua maneira de pensar?

Outro exemplo que achei interessante foi o de um pai de família em torno de seus quarenta e poucos anos que estava com um câncer de pulmão, em estágio terminal, afirmar que se pudesse voltar atrás nunca teria fumado em sua vida, pois iria deixar sua esposa e seus dois filhos adolescentes. O padre cita que, neste momento, algumas pessoas pedem a Deus um verdadeiro milagre e não se conformam se Deus não atender ao pedido. Mas como pedir um milagre pra uma pessoa que fumou muito, sabendo dos riscos que estava se submetendo? Ela deveria ter pensado antes, pois neste caso, o sofrimento veio por causa de atitudes erradas.

Assim, ele vai tratando o sofrimento ao longo do livro de maneira sensata. É interessante ler, uma boa reflexão. Importante é a resposta que damos ao sofrimento e sua vazão em nossas vidas. Como escrevi acima, devemos deixar ele entrar, pois somos limitados e não há como deixarmos de sofrer neste mundo. O fundamental é também saber a hora de mandá-lo embora e buscarmos forças para seguirmos adiante. Sempre fazer do sofrimento um momento de amadurecimento da nossa alma. Há dores que precisam ser sofridas, outras simplesmente esquecidas.

3 comentários:

Alê disse...

Oi Vá!

Que interessante este livro!
Também tenho lido bastante, no momento, inclusive estou amando um que você me indicou: A ARTE DE SER LEVE, da Leila Ferreira.

Estou tentando viver com mais gentileza, desacelerar e buscar ouvir mais e falar menos...

Um outro bom que indico é a biografia do Nelson Mandela, a história de vida dele é muito inspiradora! Ele é um líder nato!

Enfim... se a gente morasse um pouquinho mais perto podíamos fazer um clube da leitura rsrsrs...

Anônimo disse...

Como é difícil lidar com a perda, com o luto...é uma dor tão solitária, digo solitária do ponto de vista humano mesmo, porque não existe palavras que confortem, o consolo vem mesmo de Deus.
As vezes, mesmo nós cristãos questionamos a Deus, o culpamos, como se nunca tivéssemos ouvido ou andado com Ele...mas Ele até nisso é perfeito, entende nossas imperfeições e ainda assim nos carrega no colo e beija nosso rosto.
Outro bom livro é "Decepcionado com Deus" , vale a pena ler.

Beijos querida, gosto muito do seu blog =)

Luális Alves disse...

E aí amiga abadonaste o blog??? Suas dicas de leitura são sempre bem vindas...
Beijokas

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